A sociedade como espetáculo 06/07


Na aula do dia 06/07 o debate foi sobre a sociedade do espetáculo, com a proposta de leitura com o livro de Guy Debord, chamado “A sociedade do espetáculo" e como complemento o filme “O show de Truman".

A Sociedade do Espetáculo denuncia uma sociedade contemporânea fútil e vazia, que desde a antiguidade até a Era Televisiva e midiática, o estímulo ao intelecto é considerado uma atividade demasiadamente custosa, principalmente para a grande massa populacional, que por sua vez age como marionetes consumidoras dos grandes veículos de comunicação.

Por isso podemos dizer que a materialização do espetáculo na sociedade contemporânea pode ser vista em programas televisivos do tipo reality show. Esse tipo de programa explora a intimidade do cotidiano de um grupo de pessoas com a promessa de expor a realidade, mas que se torna uma mera coisificação do homem. A exposição das ações humanas se tornou um entretenimento que satisfaz aqueles que o procuram para o seu divertimento, mesmo que esses programas não lhe permitem ver toda a verdade. É sim uma grande bolha, onde a encenação é a prioridade para que se obtenha sucesso no jogo e uma grande audiência. O Big Brother Brasil (BBB), maior reality show do país, ostenta a frase publicitária de ser “a casa mais vigiada do Brasil”, onde até o banheiro possui câmeras. O programa remete aos olhos que tudo veem do Grande Irmão na distopia de Orwell, 1984, onde o controle social de um regime ditatorial era imposto através da máxima vigília da população.

O show de Truman retrata muito bem essa situação onde o indivíduo tem a sua vida baseada em um teatro, e no momento que ele se liberta dessa exposição ele se vê em um novo mundo onde pode fazer tudo o que deseja sem impedimentos, coisa que na distopia de Orwell isso não era possível por causa do controle que o indivíduo era imposto.

Bibliografia:

DEBORD, Guy. A separação consolidada In: A sociedade do espetáculo. Projeto Periferia. (e-book) - capítulo 1 (p. 13 - 27).

O Show de Truman (1998). Direção: Peter Weir.

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